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Não basta a história de violência e perseguição a tod@s que ousaram desviar de um padrão rígido de sexualidade, ainda há aqueles que se orgulham de permanecerem fiéis ao regime heterosexista. Enquanto lésbicas, gays, travestis, transexuais e transgêneros são agredidos gratuitamente no espaço público e têm seus direitos mais básicos negados, temos que nos deparar com o “orgulho hetero”. Afinal, que grande feito é corresponder aos padrões esperados de sexualidade, ao comportamento que
vigora como norma e é imposto a todas as pessoas como única possibilidade.
O poder permanece branco, heterossexual e masculino, e a heterossexualidade é a fundação da diferença. O pensamento hetero é responsável por criar a necessidade da diferença, por impor sempre a figura do “outro”, e claro que “@s outr@s” nesse caso são as pessoas menos privilegiadas na estrutura de poder.
A única sexualidade aceita é aquela que gera a reprodução, baseada em um contrato de casamento em que o homem domina a mulher e ambos garantem a próxima geração de uma família nuclear. Todas as outras formas de afeto e sexualidade são demonizadas, excluídas e duramente estigmatizadas. A prática heterossexual dominante só merece o mais profundo desprezo, jamais poderia ser protagonista de qualquer ação afirmativa, não passa de um modelo repulsivo de relação desigual que supõe a
subordinação de mulheres e o culto à masculinidade. Que a defesa da heterossexualidade seja a mais pura vergonha, até que se possa conceber a sexualidade fora da lógica patriarcal.
lyrics
Do topo da relação de poder inflingem sua dominação sobre as minorias. Um histórico de violência é louvado pelo status-quo heteronormativo. Não há do que se orgulhar sendo o opressor. Só resta a vergonha soterrada pela própria ignorância.
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