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"Nunca seremos felizes, nunca"
Símon Bolívar

Proferida por um dos maiores ícones da emancipação da América Latina, a frase retirada do livro de Eduardo Galeano "As veias abertas da América Latina" marca o início da minha reflexão para a composição de "Vontade e Poder".

A América Latina sofreu uma colonização brutal que como resultado nos concedeu a dizimação quase total de nossos nativos, a sua exclusão social, bem como a dos negros, a usurpação de grande parte de nossos recursos naturais (principalmente minerais), bem como o esgotamento de solos destinados às monoculturas coloniais de exportação, fatores que hoje desencadeiam uma dependência econômica em relação aos países de primeiro mundo, assim como a nossa modernização tardia e nossa posição na divisão internacional do trabalho como produtores do setor primário (produção/extração de de matérias primas).

Se até o final do século XIX exportávamos cana de açúcar para que depois os "nossos" nobres comprassem açúcar já refinado da Europa (e esse constasse nas riquezas das famílias como bens de luxo), hoje, graças ao liberalismo que nos concedeu ideias humanitárias para que a escravidão colonial fosse abolida e em seu lugar fosse vertida uma espécie de escravidão pelo capital e pelo consumo, nos é permitido comprar aparatos tecnológicos produzidos nos EUA e no Japão com o nosso alumínio, nosso ferro, tungstênio, estranho, titânio... Tudo a preços astronômicos e como consequência a maior parte da população daqui sequer poderá experimentar essas tecnologias.

A lógica continua a mesma: trabalhamos para o primeiro mundo para que este agregue valor à nossa matéria prima e nos devolva um produto que a América Latina nunca consumirá (exceto seus herdeiros coloniais que comandam regiões com seus pistoleiros ou com leis que privilegiam os poderosos).

Hoje o que muda?
Preconizamos o primeiro mundo, aspiramos à primeiro mundo. Trabalhamos, lutamos e morremos. Nos escravizamos involuntariamente para termos o que nossos algozes usurpam de nós, com o sonho de um dia sermos nós os opressores.

lyrics

Uma cadeia de exploração baseada em projeções da ostentação do primeiro mundo. O impulso expropria e coloniza sua identidade, para manter um fetiche criado às custas da violação da Terra e da humanidade.

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from Pr​ó​-​Explora​ç​ã​o, released February 9, 2013

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Narayama São Paulo, Brazil

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